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DESENVOLVIMENTO LOCAL

 

 

A busca por modelos promissores e "mágicos" de desenvolvimento por meio de investimentos externos de uma grande empresa ou do governo sem a participação da comunidade diretamente envolvida na sua execução e no desejo de sua implementação se apresenta como uma iniciativa com forte tendência ao fracasso.

 

O município com grande empreendimento produtivo sem raízes ou cuja economia é fortemente dependente de transferências externas de rendas compensatórias e cuja base da arrecadação municipal é formada pelos fundos de participação está longe de um desenvolvimento local.

(Construindo o desenvolvimento local sustentável/ Sergio C. Buarque. – Rio de Janeiro: Garamond, 2008, 4 ed)

 

O desenvolvimento deve ser capaz de promover uma modificação                                                             positiva em uma situação inicial de forma a permitir a sua manutenção                                                         e sua continuidade.

 

O desenvolvimento está intimamente relacionado à liberdade                                   não sendo possível desassociar estes dois conceitos. Ele deve ser                                                               concebido como um processo de expansão das liberdades reais                                                                 de que as pessoas gozam.

 

Um certo tipo de liberdade pode ser de grande ajuda para a                                                                   promoção de outros tipos de liberdade como, por exemplo,                                                                         os cinco tipos de liberdade na perspectiva instrumental                                                                               – liberdades políticas, dispositivos econômicos, oportunidades                                                                     sociais, garantias de transparências e previdência social -                                                                        que reforçam-se mutuamente. 

(SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: São Paulo:                                                                                         Companhia das Letras, 2000. Tradução de: Laura Teixeira Motta;                                                                                                                revisão técnica Ricardo Doniselli Mendes.) 

 

 

 

Diferente do modelo dominante ligado simplesmente ao crescimento econômico predominantemente associado à industrialização o desenvolvimento deve estar associado a um processo de expansão das  liberdades da pessoas.

 

                                               

 

Mesmo em um mundo "teoricamente" globalizado, a maioria das nossas relações se realizam no nosso entorno. Esse mundo compreendido pelo “nosso entorno” apresenta muitas possibilidades para serem exploradas.

 

 

Entretanto é preciso que se compreenda, que se conscientize                                                                     sobre o poder de influenciação desse "nosso entorno".                                                       Somente assim seu potencial será devidamente utilizado e melhorado.

 

Com essa percepção, a valorização da mão-de-obra                                         existente é reforçada  por meio de uma série de relações como,    

por exemplo, a fixação de parcerias com ONGs, escolas e diferentes                                                        

organizações comunitárias e formação de cooperativas

 

O local e o global se apresentam como fatores que

se influenciam e se determinam não sendo possível mais

separá-los. Fatores externos ao local determinam, por exemplo,

fluxos econômicos que ultrapassam limites regionais.

 

Desejos são criados quando se é possível “enxergar” outras histórias

e outros produtos.

 

Curiosamente, talvez a proposta de desenvolvimento local seja conseqüência da globalização.

 

 

 

São características fundamentais do desenvolvimento local:

  • processo endógeno,

  • dinamismo econômico e

  • qualidade de vida em pequenas unidades territoriais.

 

Observa-se a necessidade de se trabalhar com as potencialidades locais de forma a contribuir para elevar as oportunidades sociais e os aspectos relativos à economia local

(Construindo o desenvolvimento local sustentável/ Sergio C. Buarque. – Rio de Janeiro: Garamond, 2008, 4 ed)

 

Desenvolvimento local, resíduos sólidos e catadores de materiais recicláveis

 

 

A importância da inserção das diretrizes do desenvolvimento local  nas etapas de planejamento e execução da gestão dos RSU  se apresentam como fator essencial para a sustentabilidade do sistema.

 

A valorização tanto financeira quanto intelectual das pessoas diretamente relacionadas atua sobrea melhoria da qualidade de vida dessa população. Nesse sentido, o incentivo à participação e valorização dos catadores de materiais recicláveis no gerenciamento do resíduos sólidos se apresenta em sintonia com essas características.

 

Possibilidades de implantação de indústrias, necessidade de novos serviços de coleta e transporte e a minimização de impactos ambientais provenientes da disposição inadequada devido à inserção de resíduos em seu próprio ciclo ou em outros ciclos produtivos também se apresentam como algumas das conseqüências do dinamismo econômico e da melhoria da qualidade de vida da população necessários no desenvolvimento local. Nesse ponto também se evidencia a economia eficiente e competitiva  condicionante para o desenvolvimento local

 

 

A possibilidade de geração de renda e emprego contribue diretamente com a qualidade de vida da área trabalhada, sobretudo sobre a população da área trabalhada. A coleta seletiva no Brasil tem também um forte componente social de combate à pobrezac . contribuindo na melhoria das condições de trabalho e no aumento da renda 

(ABREU Maria de Fátima ... [et al.].Coleta Seletiva com Inclusão Social: em municípios, empresas, instituições, condomínios, escolas. Belo Horizonte: CREA–MG, 2008).

 

 

 

O aumento de volume de recicláveis em função da obrigatoriedade da coleta

seletiva em todos os municípios brasileiros pode se apresentar como um ponto positivo

em função das desejáveis perspectivas mercadológicas como, por exemplo, a criação de

novas rotas comerciais e instalação de novos empreendimentos consumidores para esses

produtos disponibilizados.

 

Entretanto, também é importante e fundamental que se identifiquem os riscos 

provenientes do acúmulo de material em função da maior oferta,

inclusive com possibilidades de sua desvalorização ou, até mesmo, de sua perda devido a falta de mercado consumidor para esse novo volume de recicláveis a serem disponibilizado 

 

A fim de se evitar esse impacto, acredita-se que a observação de aspectos relacionados ao desenvolvimento local se fazem necessários como, por exemplo a  capacidade de agregação de valor sobre a produção associada e a busca pela melhoria de capacidade de absorção desse material pela região.

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