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GESTÃO SOCIAL

 

 

“O ATO DE PLANTAR UMA ÁRVORE É UM ANÚNCIO DE ESPERANÇA. ESPECIALMENTE SE FOR UMA ÁRVORE DE CRESCIMENTO LENTO. E ISSO PORQUE, SENDO LENTO O SEU CRESCIMENTO, EU A PLANTAREI SABENDO QUE NEM VOU COMER OS SEUS FRUTOS E NEM VOU ME ASSENTAR À SUA SOMBRA. EU A PLANTAREI PENSANDO NAQUELES QUE COMERÃO DOS SEUS FRUTOS E SE ASSENTARÃO À SUA SOMBRA. E ISSO  BASTARÁ PARA ME TRAZER FELICIDADE!”

 

 

Rubem Alves

Revista Ecológico. Ano 3 – Nº 36- 12 de setembro de 2011

A gestão social poderia ser considerada uma vertente, ou opção do pensamento administrativo tradicional em busca de se conseguir desenvolver as ações de forma emancipadora por meio de uma cidadania deliberativa, constituída por processos de discussão orientados pelos princípios da inclusão[1], do pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e do bem comum.

(TENÓRIO, F. G. Tem razão a administração? 3 Ed. Ijuí: Editora da Unijuí, 2008).

 

 


 

[1] Entende-se que a inclusão social implica em: autonomia, desenvolvimento humano, qualidade de vida e equidade. Indicadores, ONGs e cidadania: contribuições sociopolíticas e metodolóticas / Carlos Artur Kruger Passos organizador. – Curitiba : Plataforma Contrastes Novib. Gt Indicadores, 2003, p.105)

 

 

 

 

Em relação à tomada de decisão no processo de gestão social a verdade não é uma                                     relação entre o indivíduo e a sua percepção de mundo, mas sim                                        um acordo alcançado por meio da discussão                                 crítica. Neste caso, a gestão social necessita ser                                                         embasada na proposta de emancipação a fim de                                            atingir essa possibilidade de discussão crítica de fato.

                                             (TENÓRIO, F. G. Um espectro ronda o terceiro setor, o espectro do mercado. 3 Ed.                                                                                Ijuí: Editora da Unijuí, 2008)

 

 

 

 

A gestão social seria o caminho para esta emancipação, por meio de prática que envolvem  um  gerenciamento mais participativo,                             dialógico, no qual o processo decisório é exercido                           por meio de diferentes sujeitos sociais"

(TENÓRIO, F. G. Um espectro ronda o terceiro setor, o espectro do mercado.                                                                                         3 Ed. Ijuí: Editora da Unijuí, 2008).

 

 

 

 

Na gestão social os interessados na decisão, na ação de interesse público, são participantes do processo decisório"

(TENÓRIO, F. G.; SARAIVA, H. J. Escorços sobre gestão pública e gestão social. In MARTINS, P. E. M.; PIERANTI, O. P.Estado e gestão pública: visões do Brasil contemporâneo. 2 Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006, 340p.)

 

 

 

 

A gestão social é entendida em duas perspectivas, como processo e como fim.                                     Enquanto fim (nível macro) se aproximaria da gestão pública, pois                                  ambas buscam atender às demandas e necessidades da sociedade.                                Por outro lado, a gestão social enquanto processo busca inserir à                                     gestão privada/estratégica a outras lógicas, mais sociais, políticas,                                 culturais ou ecológicas. .

                               (FRANÇA FILHO, G. C. de. Gestão Social: um conceito em construção. In Colóquio Internacional                                   sobre Poder Local, 9,2003, Salvador. Anais..., Salvador: CIAGS/UFBA, 2003. 1 CD ROM.     

                                 ______. Definido Gestão Social. In: SILVA JR, J. T.; MÂISH, R. T.; CANÇADO, A. C. Gestão                                    Social: Práticas em debate, teorias em construção. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008.)

 

 

 

Outra definição também satisfatória observada nas OCMRs é a denominada como gestão do desenvolvimento social caracterizada por                                    uma gestão orientada para o social (enquanto finalidade) pelo social                         (enquanto processo), norteada pelos princípios da ética e da                                solidariedade"

(FISCHER, T. M D. Poderes locais, desenvolvimento e gestão – uma introdução a uma                                              agenda. In FISCHER, T. M D. (Org.). Gestão do desenvolvimento e poderes locais:                                               marcos teóricos e avaliação. Salvador: Casa da Qualidade, p.12-32, 2002

FISCHER, T. M D.; MELO, V. P.. Programa de desenvolvimento e gestão social: uma                                           construção coletiva. In FISCHER, T. M D.; ROESCH, S.; MELO, V. P. Gestão do                                               desenvolvimento territorial e residência social: casos para ensino. Salvador: EDUFBA,                                   CIAGS/UFBA, p.13-41, 2006.).

 

 

 

Observa-se que a gestão social não apresenta diferenças rígidas em relação aos outros tipos de gestão sendo confundida, muitas vezes, com, por exemplo gestão participativa e gestão socialmente responsável. Entretanto, aparentemente isso pouco importa, pois, verifica-se que na gestão social, o foco não se encontra nas partes nem na finalidade, mas nas interações entre as partes e entre as finalidades

(BOULLOSA, R. de F.; SCHOMMER, P. C.. Gestão social: caso de inovação em políticas públicas ou mais um enigma de lampedusa/ In Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social, 3, 2009, Juazeiro/Petrolina)

 

 

 

CAPITAL SOCIAL

 Pode ser entendido como a capacidade de organização e cooperação da sociedade local.[1] O capital social ultrapassa a esfera econômica, se direcionando para as relações sociais.Robert Putnam [2] afirma que o capital social diz respeito a características de organização social, como confiança, normas e sistemas que contribuam para aumentar a eficiência da sociedade.Quanto mais elevado o nível de confiança numa comunidade, maior a possibilidade de haver cooperação. E a própria cooperação gera confiança. Baixos índices de capital social também refletem em menores condições de competitividade, pois a competitividade exige algum nível de cooperação.

 

 

[1] Construindo o desenvolvimento local sustentável/ Sergio C. Buarque. – Rio de Janeiro: Garamond, 2008, 4 ed

 

[2] Disponível em http://www.sebrae.com.br/customizado/desenvolvimento-territorial/o-que-e/desenvolvimento-e-territorio-2/capital-social/8191-capital-social-e-desenvolvimento/BIA_8191 acesso: 17 ago. 2013

ECONOMIA SOLIDÁRIA

é um rico processo regido pelos princípios da solidariedade, da sustentabilidade, da inclusão social e da emancipação

 

GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para odesenvolvimento sustentável. – São Paulo: Editora e Livrria Instituto Paulo Freire, 2008. – (Série Unifreire; 2)

 

 

PROCESSO PARTICIPATIVO

Uma das grandes vantagens desse processo participativo presente nas OCMRs é que ele próprio se torna capaz de apontar caminhos e construir as alternativas em um processo horizontal, e não de cima para baixo.

 

GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para odesenvolvimento sustentável. – São Paulo: Editora e Livrria Instituto Paulo Freire, 2008. – (Série Unifreire; 2)

 

 

Embora nem sempre sejam constituídas por cooperativas, os princípios cooperativistas como a gestão democrática, a adesão voluntária e livre dos membros, a participação econômica dos membros e a autonomia e independências da organização, dentre outros se fazem presentes na estrutura das Organizações de Catadores de Materiais Recicláveis demonstrando esse laço com a gestão social. Evidentemente, há muito o que se melhorar e conquistar nessa dimensão.

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